Saiba como é a experiência de voar de classe executiva, do check-in à cabine

Quem já pegou a longa fila da econômica para despachar bagagem em um voo internacional sabe que existe um check-in prioritário acessível para a clientela da executiva.


Por Folhapress Publicado 12/09/2023
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Reprodução: Divulgação

A ideia de bebericar champanhe dentro de um avião pode ser um símbolo da experiência de voar na classe executiva. O espumante francês é servido, mas algumas facilidades (e mimos) se iniciam antes do voo e terminam depois dele.


Quem já pegou a longa fila da econômica para despachar bagagem em um voo internacional sabe que existe um check-in prioritário acessível para a clientela da executiva. Algumas aéreas também estendem esse benefício à classe intermediária entre executiva e econômica –é o caso da Delta, que chama esse setor de DPS (Delta Premium Select).


A executiva e a DPS estão disponíveis em uma nova rota que a companhia americana vai operar a partir de dezembro ligando os aeroportos John F. Kennedy, em Nova York, e Galeão, no Rio de Janeiro. Com voo direto e diário, tem previsão de acontecer até o fim de fevereiro do ano que vem.


Para se ter uma ideia, a passagem da classe intermediária para a primeira quinzena de janeiro de 2024 nesse trajeto custa a partir de US$ 2.770 (R$ 13.782); da executiva, US$ 6.270 (R$ 31.197). A simulação foi feita no início de setembro.


A Delta não tem salas VIPs próprias no Brasil, mas uma parceria permite a clientes da executiva da companhia americana usarem lounge da Latam —com a isso, a Latam também inaugurou no começo do ano a rota direta entre Guarulhos e Los Angeles.


No Rio, a Latam não tem sala VIP assim, só é possível usar o serviço em voos que saem do aeroporto de Guarulhos. A Folha de S.Paulo viajou a convite da Delta no trecho entre São Paulo e Atlanta. A área de alimentação é o grande destaque com sistema de bufê, queridinho dos brasileiros.


Estreantes podem estranhar a fartura em pleno aeroporto, onde os preços de comida são altos. Mas é possível servir-se, sem custo extra e à vontade, entre opções que incluem iogurte, frutas, sanduíches, saladas, pratos quentes e sobremesas. Também existem bebidas não alcoólicas e alcoólicas incluídas sem limite, além de drinques preparados na hora. A área tem um espaço com poltronas, wi-fi e banheiro inclusive com área para banho. É preciso ficar atento à partida no telão com informações sobre o voo para não se perder na comilança.


Como embarca antes, quem tem bilhete da classe executiva é recepcionado dentro da aeronave com uma taça de champanhe (a bebida original, produzida na região francesa) enquanto escolhe em um cardápio os itens da refeição.


O jantar, por exemplo, tem entre as opções ceviche de camarão com maracujá (entrada), tortellini de espinafre e ricota com molho mascarpone com queijo feta e pesto (principal) e sundae (sobremesa).

Não há itens descartáveis: as receitas são servidas em louças de cerâmica com talheres de metal e as bebidas, como vinho, uísque e sucos, vêm em copos de vidro.


Um ponto a se destacar da experiência é a poltrona que consegue reclinar 180º e vira uma cama, permitindo que o viajante estique toda a perna (ou quase completamente, se você for mais alto). A TV acompanha um fone de ouvido com silenciador de ruídos e, para quem quer assistir a uma série, há inclusive pantufas e edredom.


O passageiro do voo recebe um nécessaire com hidratante para as mãos e bocal (da marca Grown Alchemist); pasta de dente, escova e venda para descanso dos olhos. O kit busca ser sustentável: a bolsinha é feita a mão por artesãos do México e a escova tem cabo de bambu.


Ao fim da viagem, quem desembarca não pode mais acessar o lounge VIP, mas ainda tem prioridade na ordem em que as malas são disponibilizadas na esteira, outro benefício do bilhete.


CLASSE DE CABINE INTERMEDIÁRIA
Assim como outras companhias, a Delta tem opção para quem busca um assento intermediário entre a classe executiva e a econômica.


A Delta Premium Select, disponível nos voos que partem de São Paulo e do Rio para Atlanta e Nova York, por exemplo, tem assento mais largo, reclinação extra e apoio para os pés e pernas. Passagens entre os aeroportos de Guarulhos (SP) e JFK (NY) cotados para o início de outubro saem a partir de U$$ 1.806 (cerca de R$ 8.880).


Apesar de não ter acesso ao lounge VIP, quem tem esse bilhete também tem direito a kit de amenidades, refeição servida com guardanapos de linho, talheres de metal e copos de vidro, além de check-in e embarque com prioridade.


Entre as possibilidades do menu estão costela de boi assada com batatas ao molho de pimenta e coxas de frango com molho de mel e harissa; para sobremesa, musse de manga com compota de manga e maracujá. O cardápio também tem versões veganas.
A jornalista viajou a convite da Delta Air Lines