Doria admite risco de novos deslizamentos na Baixada Santista

A região foi fortemente atingida por chuvas desde a madrugada e, até o momento, pelo menos 12 óbitos já foram confirmados. Outras 46 pessoas estão desaparecidas.


Por Folhapress Publicado 03/03/2020
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Reprodução (Instagram)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), admitiu na manhã desta terça-feira (3) que ainda há risco de novos desabamentos na Baixada Santista. A região foi fortemente atingida por chuvas desde a madrugada e, até o momento, pelo menos 12 óbitos já foram confirmados. Outras 46 pessoas estão desaparecidas.

“Teremos ainda chuvas até quinta-feira [5], de acordo com a meteorologia. O risco de novos desabamentos existe. As pessoas têm que aceitar a orientação da Defesa Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e sair imediatamente de suas casas”, afirmou o governador, durante entrevista coletiva realizada na prefeitura de Santos.

A Defesa Civil de Santos informa que 328,8 mm de chuva nas últimas 72 horas. A média histórica para o município no mês de março é de 293,8 mm.

Para atender aos desabrigados e desalojados, o governo paulista irá bancar 50% do valor do aluguel social às famílias que tiverem de deixar suas casas. O restante será custeado pelas prefeituras. De acordo com o governador, o benefício será pago “enquanto for necessário”. Ainda não foi divulgada estimativa de quantas pessoas receberão a verba.

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), jogou parte da responsabilidade pela tragédia às famílias que vivem em situação de periculosidade.

Segundo ele, a Defesa Civil do município faz um monitoramento das áreas de risco na cidade. “Quando há esse mapeamento, a recomendação é que essas pessoas possam sair desses locais, mas infelizmente nem sempre as orientações são atendidas e as pessoas permanecem. Agora o que está em jogo é a vida das pessoas”, disse.

Barbosa afirmou que a prefeitura está construindo conjuntos habitacionais para atender a essa população em condição de vulnerabilidade. Um deles, diz, tem capacidade para cerca de 3,1 mil famílias e é resultado de uma parceria entre os governos estadual e federal.