Assessora de Felipe Titto diz que se sentiu impotente por agressão de motorista da 99

Elas contam que ele dirigia de maneira perigosa e freiava bruscamente. Elas pediram para parar o carro, mas ele se negou.


Por Folhapress Publicado 08/11/2019
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Reprodução (Divulgação)

Produtoras que trabalham com o ator Felipe Titto, 33, afirmam ter sido agredidas por um motorista do aplicativo 99, nesta quinta-feira (7), em São Paulo. A assessora Jéssica Varrasquim Caetano chegou a levar um murro do motorista e teve o nariz fraturado, e a advogada Thatiane Soares, foi atropelada ao descer do carro. Outra assessora, Elaine Melo, sofreu arranhões no peito e nos braços.

As duas pediram uma corrida em Pinheiros (zona oeste) para seguir para a Expo Imigrantes (zona sul) onde o Titto faria uma palestra. Elas contam que ele dirigia de maneira perigosa e freiava bruscamente. Elas pediram para parar o carro, mas ele se negou.

Assim que a corrida terminou, Thatiane abriu a porta para descer e ele passou por cima do pé dela com a roda do carro. A partir daí, começaram mais agressões, e a assessora ainda recebeu chutes do motorista. Ao tentar ajudar a colega, Jéssica levou um soco do motorista, e Elaine ficou tentando apartar a briga.

“Ainda estou com raiva. É aquela sensação de impotência que a gente sente, apesar de eu ter sido a menos agredida. Estou sentindo as dores da tensão muscular de segurar o homem. A Jéssica acabou de sair da cirurgia e estamos esperando se ela tem a alta. A Thatiane teve que ficar de repouso, e tem que manter as pernas em repouso, contou Elaine, à reportagem.

As três produtoras devem registrar boletim de ocorrência assim que forem liberadas do hospital. A Secretaria de Segurança Pública informou que, até o início desta manhã, ainda não tinha novas informações sobre o caso ou a identidade do motorista que cometeu a agressão.

No perfil, o motorista é chamado de Louis e trabalha com carro alugado, segundo informou a assessoria de Felipe Titto. Ele não é brasileiro, embora as vítimas não tenham conseguido identificar a nacionalidade do condutor.
Elaine relata que as três usaram o aplicativo 99 por ser parceira da empresa que trabalham. “Como já sofri assédio, em viagens particulares, eu prefiro pedir apenas serviços com motoristas femininas”, conta Elaine.
À Globo, Titto disse que elas ligaram para ele pedindo ajuda. “Abortei a missão no evento, e fui socorrê-las”, relatou o ator.
Titto disse que não “vai deixar passar” o caso, pois não se trata apenas de um má educação, mas de um crime.

OUTRO LADO
A 99 divulgou uma nota oficial sobre o caso. A empresa afirma que vai cobrir todas as despesas hospitalares das vítimas e vai disponibilizar o serviço de um carro para que elas possam se locomover com segurança. Elaine, uma das vítimas, confirmou que a empresa está prestando esses serviços.

Em relação ao motorista, ele “foi banido do aplicativo e a 99 está disponível para colaborar com as investigações da polícia”. Em nota, eles ainda reforçaram que “investem continuamente em educação para prevenir esse tipo de situação. Por isso, orienta e sensibiliza seus condutores em treinamentos presenciais e online para estimular os motoristas a terem uma postura de respeito e gentileza com todos.”

A empresa ainda diz que “lamenta profundamente o caso e reitera que repudia veemente esse tipo de violência” e divulgou um número para que usuários que passem por situações semelhantes denunciem ligando para telefone 0800-888-8999.