Lentes de contato também podem ser prejudiciais ao meio ambiente

Pequenas e rotineiras fazem diferença na hora de preservar o planeta é um importante passo, por exemplo, o descarte consciente do lixo, como roupas, pilhas, medicamentos e até lente de contato.


Por Redação Estereosom Publicado 05/06/2019
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Comemorado em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente alerta a população para os problemas ambientais e a necessidade de novas ações em prol dos recursos da natureza. Para isso, conscientizar que atitudes individuais, pequenas e rotineiras fazem diferença na hora de preservar o planeta é um importante passo. Como por exemplo, o descarte consciente do lixo, como roupas, pilhas, medicamentos e até lente de contato.

Cada vez mais utilizadas para a correção de problemas de visão, como miopia, hipermetropia, astigmatismo, vista cansada ou mesmo ceratocone, o conforto e a praticidade que as lentes de contato permitem, entretanto, têm uma consequência. Assim como outros objetos feitos de plástico, elas podem agredir o meio ambiente, se não forem descartadas corretamente.

“O descarte inadequado de uma simples partícula como essa, pequena e aparentemente inofensiva, pode fazer com que esses produtos cheguem até os oceanos por meio das chuvas e esgotos, contaminando nossa água e até os animais, que acabam ingerindo esse lixo”, alerta o Dr. Marcílio Gomes de Barros, médico do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do Grupo Opty.

Nos Estados Unidos, apesar de já existir coletas seletivas especiais para o produto, pesquisa publicada no site ACS National Meetings aponta que cerca de 20% dos usuários de lentes de contato ainda jogam o material na pia ou vaso sanitário. “Nesses casos, elas se desintegram, mas não se degradam, levando essas partículas a contaminarem a natureza”, explica o oftalmologista.

Aqui no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, existem cerca de dois milhões de usuários de lentes de contato, mas ainda não há uma coleta seletiva especializada. E o problema se agrava, quando a coleta seletiva tradicional não consegue lidar com artigos tão pequenos, que podem causar grandes prejuízos à biodiversidade.

Dessa forma, a melhor opção é despejar as lentes usadas no lixo comum, aquele que não é reciclável. Fazendo isso, evita-se que elas escapem para a natureza, garantindo ao menos que terminem seu ciclo de vida no aterro sanitário. Já as respectivas embalagens e o lacre de alumínio podem ser depositados na coleta seletiva, para posterior reciclagem.

“Segundo dados divulgados pela ONU, 80% de todo o lixo marinho é composto por plástico e a estimativa é que em 2050 a quantidade desses materiais na água supere a de peixes. Ou seja, precisamos agir e fazer nossa parte o quanto antes. Somente com conscientização e novos hábitos construiremos um futuro melhor”, conclui Barros.