Dilsinho lança ‘Deixa pra Amanhã’ e diz que novo DVD mostra sua maturidade artística

É o segundo DVD da carreira do cantor carioca, teve a presença de Thiaguinho, Atitude 67, Marco e da dupla Henrique e Juliano.


Por Folhapress Publicado 06/03/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Reprodução (Divulgação)

 “Open House” é o primeiro projeto de Dilsinho, 27, mais pessoal no qual o artista participou ativamente de todas as fases até a escolha da estrutura do cenário para a gravação do DVD, que aconteceu no Recife, no final de 2019.

Esse, que é o segundo DVD da carreira do cantor carioca, teve a presença de Thiaguinho, Atitude 67, Marco e da dupla Henrique e Juliano. Dilsinho afirma que este segundo DVD mostra a sua maturidade musical. “Queria muito que a gravação ocorresse no Nordeste, pois tenho grande conexão com o povo de lá.

Minha família é basicamente toda da Bahia, e meu primeiro fã-clube foi no Recife. Foi o lugar onde eu fiz o meu primeiro show”, diz o cantor.

“Deixa pra Amanhã”, nova canção de trabalho composta por Matheus Aleixo, da dupla com Kauan, e Rapha Lucas, é a primeira música do projeto e foi lançada nesta sexta-feira (6) em todas as plataformas digitais. “O clipe é uma mistura de Imagine Dragons com Blue Man Group, uma novidade para o meu público e até mesmo pra mim”, afirma Dilsinho.

“Sempre me permito fazer coisas novas para surpreender os meus fãs. Fiz tudo com muito carinho, o musical, as ideias cenográficas, os tambores, é uma experiência nova no meu segmento e na minha carreira”, completa o cantor sobre a tecnologia usada nessa faixa durante a gravação.

No álbum há 22 músicas, das quais oito são inéditas. A ideia é disponibilizar o conteúdo semanalmente ao público, algumas delas com clipe, para que as pessoas se familiarizem com as melodias. Dilsinho diz que os lançamentos vão até meados de junho, quando, então, ele vai disponibilizar o DVD na forma física, já com o “público sabendo as letras na ponta da língua”. As músicas serão liberadas sempre às sextas-feiras à meia-noite nas plataformas de streaming e às 11h no YouTube.

Entre as novas, o músico destaca “Apaixonadin”, que canta com Thiaguinho. “Ouço Thiaguinho desde a época em que ele ganhou projeção no programa Fama [Globo, 2002], e depois no Exaltasamba. Ele tem uma trajetória vencedora.

Essa canção é uma daquelas em que eu mais acredito”, afirma o cantor, que salienta ainda “Deixa Pra Lá”, com o Atitude 67.

ESTRUTURA DO SHOW
Para a gravação do DVD “Open House”, Dilsinho diz que teve a ideia de montar dois palcos interligados entre si. O mais intimista é Quarto e Sala, nome homônimo do último álbum do artista, no qual ele vai cantar músicas mais românticas, com instrumental de cordas e metais.

O segundo palco leva o nome do DVD atual e tem um estilo mais pulsante, com performances mais animadas. Ambos palcos são interativos e tem presença do público, como se os fãs estivessem literalmente em casa. Essa estrutura, diz Dilsinho, é a que pretende levar para rodar o Brasil.

“Será a mesma essência do DVD, com os cenários divididos em duas partes: o Quarto e Sala, com uma pegada mais acústica das músicas mais românticas, e o Open House, quando eu canto de forma mais descontraída e brincamos com a pirotecnia e números, bem ao estilo Imagine Dragons”, diz o cantor.

Dilsinho adianta que alguns artistas serão convidados para fazer parte dos shows e até de um pocket show das suas apresentações. Sorriso Maroto, Marília Mendonça e Léo Santana já confirmaram presença.

NOVOS PROJETOS
Em 2019, Dilsinho viu sua carreira deslanchar e emplacou canções em várias listas de plataformas digitais de música. Agora, o cantor quer gravar e lançar singles em outra língua. “Quero gravar coisas latino-americanas, em espanhol, com artistas de que eu sou fã. Quero sair da zona de conforto. Já recebi alguns convites. Quero flertar com outros ritmos e idiomas”, explica.

Considerado um dos grandes nomes da nova geração do samba, o cantor carioca afirma que se sente privilegiado em poder elevar o status do ritmo pelo país. “Isso se deve à fortificação da música. De dez em dez anos, todos os ritmos sofrem mudanças, e acho que eu, o Ferrugem e a nova geração fizemos com que o pagode fosse visto de forma diferente, mais séria e profissional.”

Dilsinho evita dizer que já cegou ao auge para não se acomodar. Para ele, o melhor é regar sua carreira como se fosse uma planta, com o intuito de vê-la crescer e dar frutos. Dia após dia. “Não sei se existe essa palavra [auge], tem sempre um momento em que uma música está tocando mais do que outras ou um artista está mais no foco que outros. Eu sou orgulhoso da minha trajetória. Não me preocupo com a linha de chegada, mas em curtir o caminho até ela”, conclui.