Tony Salles, do Parangolé, diz que novo single valoriza a mulher e será hit chiclete do Carnaval
Com intuito de passar uma mensagem, Salles diz que deseja levantar a bandeira do empoderamento de verdade e isso é algo natural para ele.
A banda baiana Parangolé já tem uma nova aposta para o Carnaval de 2020: “Ela Não Quer Guerra com Ninguém”. A canção, diz o líder da banda Tony Salles, promete ser o novo hit chiclete para a folia deste ano. Para o cantor, a influência das mulheres foi importante para este momento da banda.
“O público já está pedindo a música, vai ser um sucesso. Há três anos eu ainda não tinha essa perspectiva de falar sobre representatividade feminina, mas quando a gente lançou ‘Abaixa que É Tiro’ eu comecei a entender que as nossas músicas estavam sendo direcionadas para as mulheres”, afirma o artista nos bastidores do ensaio da banda em Salvador.
Com intuito de passar uma mensagem, Salles diz que deseja levantar a bandeira do empoderamento de verdade e isso é algo natural para ele.
“A minha família só tem mulher, para você ter ideia até os cachorros são meninas [risos]. Querendo ou não, a gente acaba entendendo o mundo delas. Sou casado com Scheila há quase 20 anos, tenho uma filha, minha mãe só anda do meu lado, tenho duas irmãs, não tem jeito.”
Gravado em janeiro, em São Paulo, o videoclipe de “Ela Não Quer Guerra com Ninguém” teve participações ilustres, como as eternas “loira e morena do Tchan”, Scheila Carvalho e Sheila Mello, que dançam novamente juntas na nova produção do Parangolé.
“Minha ansiedade é dobrada”, disse Carvalho, que se refere ao participar pela primeira vez de algo do marido ao lado da melhor amiga de vida e carreira. “Tem um ‘Q’ muito especial. A expectativa é a melhor possível e nós vamos arrasar”, completou a artista nos bastidores da gravação.
Muito emocionada, Carvalho disse que chorou por conta do momento especial. “Quando Tony entrou para o É o Tchan, ela [Sheila Mello] já estava lá, então, o trio já vem dessa história linda. E reunir novamente, depois de muitos anos, é muita emoção para um dia só.”
Em relação ao empoderamento feminino levantado pelo marido, Scheila Carvalho não nega as diferenças que vê nos dias de hoje comparado aos anos 1990. “A mulher tem essa força de falar que tudo bem ser dona de casa, mas também, eu querer estar produzida, bonita, poder sair e curtir, eu digo por mim esposa. Passo muito isso nas redes sociais. Estou casada mas não morri, eu sou mulher, mereço continuar vivendo, me cuidando. É mais ou menos por aí.”
Com um clima de família, a gravação do clipe foi bastante descontração e com um calor baiano -com as tochas de fogo que faziam parte do cenário. Para a irmã de Tony Salles, Gisele, não tinha como ser melhor. “Estar perto deles é sempre um prazer. Você se sente em casa, a energia que um passa para o outro é totalmente diferente. Parece até que eu estou em Salvador.”
Apesar de trabalhar na área da saúde e não estar acostumada com as câmeras, Gisele participação de algumas cenas dançando da música da banda do irmão, mas não negou o frio na barriga. “Pensa na ansiedade? Deu até dor de barriga [risos].”
PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS
Gisele não é a única irmã de Tony. Ela conta que eles têm outra irmã, mas que é cristã e não participaria do videoclipe. “É outra situação”, contou. A dançarina Lore Improta e Cacau Protásio também foram convidadas para a gravação.
Cacau Protásio, 44, contou a sua primeira reação ao receber o convite de Tony Salles. “Fiquei com medo, né? Sheila Mello, Scheila Carvalho e eu não danço nada. Falei: ‘Vou me internar’ [risos].” Brincadeiras à parte, Protásio também disse se sentir realizada com a participação.
“É maravilhoso fazer parte desse clipe ao lado de pessoas que eu admiro muito. Todo mundo queria ser a loira e morena do Tchan, então é incrível participar de um clipe do lado delas”, revelou a atriz sobre as ex-dançarinas da banda É o Tchan.
Declaradamente amante de Carnaval, Protásio não diz o mesmo quando o assunto é feminismo. Apesar de concordar com o empoderamento feminino defendido na música do Parangolé, a atriz prefere não usar o termo.
“Eu não sou declaradamente feminista não. Juro que não sei. Eu sou eu, porque acho que quando a gente levanta muito uma bandeira estamos andando por um caminho que se der uma derrapada vem todo mundo em cima. Prefiro dizer que eu sou eu, e vamos vivendo um dia de cada vez.”