Simone e Simaria repetem clima intimista em segundo ‘Bar das Coleguinhas’
Gusttavo Lima, Safadão, Bruno e Marrone, Zezé Di Camargo, Leonardo, e Marília Mendonça estão entre os convidados
Simone e Simaria iniciaram 2020 a todo vapor. Atendendo a pedidos de fãs mais saudosos e a um desejo delas mesmas, as irmãs gravaram nesta quarta-feira (12), em São Paulo, o DVD “Bar das Coleguinhas 2”, que dá continuidade ao projeto lançado em 2015 e responsável por alavancar a carreira da dupla.
“É uma releitura do bar um pouco mais moderna. Só que as músicas são pra beber até cair”, diz Simaria, em tom de brincadeira, em entrevista à reportagem antes da gravação do DVD, que terá músicas da época em que a dupla cantava no Forró do Muído. “O Bar está dançante, sofrido, uma mescla muito maravilhosa. Está do jeito que o povo gosta. É um som mais sujo, mais de rua”, completa.
E não para por aí: além do DVD, previsto para ser lançado no final de maio, as irmãs querem retomar, em agosto, o evento Bar das Coleguinhas, agora reformulado com título Label, que segundo Simaria, será “uma festona de arrombar todo o planeta”, com atrações que vão de duplas sertanejas a funkeiros.
Já falei com Gusttavo Lima: ‘olha, se não vier ao meu bar, nunca mais vou ao seu show’. [Quero convidar] Safadão, Bruno e Marrone, Zezé Di Camargo, de repente o Leonardo, a Marília Mendonça… Muita gente. A galera que quiser participar do bar, nós estamos chamado. Quem sabe fazemos uma roda de boteco”, diz Simaria, aos risos.
A lista de convidados para o DVD tem Os Parazim, compositores responsáveis por escrever sucessos como “Regime Fechado” e “Notificação Preferida” a dupla terá duas canções neste projeto. “Os caras são fodas, vocês ainda vão escutar falar muito deles”, diz Simaria.
Gravado em clima intimista, aberto apenas para convidados e fãs, o show traz um repertório diversificado -e looks super brilhantes em Simone e Simaria. “Cabou Cabou”, música de Luan Santana, abre a apresentação, acompanhada de gritos e coro dos fãs. Além dela, há canções antigas, como “Tá com medo de amar” e “São amores”, e inéditas “Tá Gostoso tá” e “Amoreco”. Simaria também escreveu duas novas músicas, entre elas “História de uma amiga”, que “a galera chora quando escuta”.
“A intenção é entregar de novo para as pessoas aquilo que elas queriam. O show, o tipo de música que elas querem ouvir. É um presente para eles e para nós, porque a gente adora o estilo. São músicas que têm a cara do povo. É a cara de quem gosta de festa, de tomar uma, de se divertir, de sofrer…”, diz.
O DVD, diz Simaria, só não foi feito antes por conta da tuberculose ganglionar, doença que anunciou ter em 2018 e que a fez se afastar de palcos e trabalhos paralelos. “Tive que priorizar minha saúde, que é a coisa mais importante.
Esperei eu me recuperar e ficar forte, porque não é um processo fácil. É um projeto em que eu arranjo todas as músicas, que eu coordeno toda a equipe, escolho cenário, mando as referências do que eu quero… Tudo passa por mim. É uma carga muito pesada para resolver praticamente só. Passei sete dias em estúdio, de manhã e de noite, arranjando música, praticamente sem comer direito.”
O trabalho é resultado de raros encontros com a irmã, que estava em Orlando (EUA), e um mês de pesquisa de mercado, que Simaria diz ter mudado muito nos últimos anos. “Coisas que a gente imaginou que nunca fariam sucesso, estavam fazendo sucesso. Coisas que a gente achava que seriam sucesso, não foram sucesso.”
A cantora afirma ainda que a música sertaneja está constantemente se reinventando, e que o som feito hoje tem muitas referências internacionais. Tomando suas músicas como exemplo, ela indica o uso de reggaeton e brega funk como base para algumas delas. Neste DVD, ela adianta que haverá muita produção com saxofone e um arranjo “super dançante” para “Regime Fechado”.
“A vantagem da dupla Simone e Simaria que eu vejo é que a gente grava muito, e nossas músicas não são descartáveis. A gente demora um pouco para emplacar -a maioria delas demora uns 4 ou 5 meses para explodir, mas também, quando dá esse prazo, ela permanece por anos. Tem várias que a gente ainda canta como se fosse pela primeira vez”, conclui.