Jojo Todynho lança álbum de pagode e exalta raízes em Bangu: ‘Não me fiz estrela’

Com o nome Jojo Maronttinni, a cantora afirma que o samba e pagode estão enraizados em sua história, porém isso não quer dizer que irá deixar de cantar funk, apesar de não ter visto muitas críticas enquanto se dedicava ao gênero musical.


Por Folhapress Publicado 18/08/2022
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Reprodução: Instagram

 Jojo Todynho como você nunca viu. Essa é a promessa do novo álbum da cantora carioca de 25 anos. O projeto, idealizado desde 2017, será lançado nesta sexta-feira (19) e traz a artista explorando o samba e o pagode em regravações de canções clássicas e também na faixa inédita “Bangu“, uma homenagem ao bairro em que nasceu e cresceu, no Rio de Janeiro.


Com o nome Jojo Maronttinni, a cantora afirma que o samba e pagode estão enraizados em sua história, porém isso não quer dizer que irá deixar de cantar funk, apesar de não ter visto muitas críticas enquanto se dedicava ao gênero musical. “As pessoas ficam em um preconceito comigo, falando ‘a Jojo não canta nada’ e isso me magoa. O funk não me dava essa oportunidade de mostrar o meu talento.”


Agora, ela está realizando o sonho de poder dar continuidade ao legado deixado por nomes como Leci Brandão, Dona Ivone Lara e Alcione. “Minha pretensão era ir para o pagode e samba desde que entrei na gravadora [Universal Music]. Mas na época, ‘Que Tiro Foi Esse’ tinha estourado, então embalamos no funk”, contou. “Eu fico pensando, e quando elas forem embora? Quem vai dar continuidade? Tem que vir pessoas para o samba.”


O álbum inclui regravações de “Sambando na Roda”, “Querendo Causar”, “Lindo Lago do Amor”, “Garota Nota 100” -música de MC Marcinho, regravada em homenagem a seu pai, que faleceu há 15 anos. “Cada música que eu coloquei nesse álbum é uma mensagem. Uma para mulheres que sofrem com relacionamento abusivo, outra para mulheres que gostam de curtir a vida…”, acrescenta Jojo, em coletiva de imprensa virtual da qual à Folha de S.Paulo participou.


Quanto à faixa “Bangu”, Jojo diz que não pensou na questão da representatividade, mas que precisava homenagear seu “lugar de paz”. “Posso estar em qualquer lugar do mundo, que eu troco por estar em Bangu tomando uma cerveja. Vivo no estrelato, mas não me fiz estrela”. Além da música, a cantora diz que não irá descartar os projetos que toca na televisão.


“É muito bom trabalhar com várias coisas, cresci na publicidade, na televisão… mas, agora não posso esquecer o que me move, que é a música”. Jojo diz que está fazendo aulas de canto e, enquanto isso, espera a decisão da Rede Globo sobre o convite que recebeu de Ana Maria Braga para fazer um quadro mensal no Mais Você. Ela também conta que planeja um DVD do álbum “Jojo Como Você Nunca Viu” e uma turnê internacional.


Para o futuro mais próximo, a artista espera se ligar cada vez mais com o samba e pagode. “Hoje o pagode se tornou uma coisa cultural, que todo mundo ama. Mas isso já é nosso, por questão de ancestralidade. Para o povo preto é muito importante”, pontuou. “Estão preparados para o próximo ‘Que tiro foi esse?’ Vai ser um tiro!”