Taís Araujo elogia autoria feminina em ‘Cara e Coragem’
Se viver uma única personagem numa novela das 19h já é desafiador, imagina fazer isso em dose dupla? É o que a atriz Taís Araujo, 43, vai encarar em “Cara e Coragem“, cuja estreia acontece no próximo dia 30, na Globo. A trama, segundo ela, reflete um empoderamento que só é possível por causa da autoria feminina, de Claudia Souto e da diretora Natalia Grimberg.
“É muito importante quando o autor de uma novela não se coloca no lugar de Deus e deixa que os atores virem autores também. E isso está refletido nessa história de entendimento de um novo mundo com mulheres no poder. Em 25 anos de Globo, nunca tinha tido um diálogo tão rico para construir uma trama”, afirma.
A artista dará vida a Clarice, a presidente da siderúrgica da família Gusmão, uma pessoa justa e comprometida que mantém um romance secreto com Ítalo (Paulo Lessa), seu ex-segurança. Porém, há uma sósia dela, Anita, uma massoterapeuta popular e despachada que adora um bom samba e que chama a atenção por onde passa. Em determinado momento, Clarice morre e disso surgem novos mistérios e desdobramentos.
“São mulheres de origens diferentes e que, por isso, poderão causar identificação em milhares de pessoas. Uma flerta mais com a comédia, e a outra é mais misteriosa. Só que eu não me identifico com o estilo de nenhuma delas”, ri a atriz. Se de um lado temos um figurino mais clássico de uma dona de negócios, do outro há uma que abusa das perucas, cores vibrantes e da moda de rua.
A nova história das 19h bate na tecla da importância de ter coragem, mas não apenas para se desafiar em esportes de adrenalina ou no trabalho como dublê –profissão dos protagonistas Pati (Paolla Oliveira) e Moa (Marcelo Serrado)–, mas na coragem de decidir mudar de rumo durante a vida ou de definir as pequenas alterações na rota ao longo de qualquer percurso. Coragem para fazer diferente, lutar, persistir e encarar os próprios medos.
O mote da trama gira em torno de um resgate de uma fórmula secreta e de uma morte inesperada (Clarice) que entrelaçam os destinos de Pat e Moa, o da própria empresária Clarice Gusmão e do instrutor de parkour Ítalo.
“Essa novela fala de coisas contemporâneas e vem cheia de recados e referências dessa mudança de mundo”, Taís Araujo.