Garibaldo, do Vila Sésamo, diz que tomou vacina e é chamado de comunista nos EUA
A postagem do personagem, que na história tem seis anos, causou revolta de negacionistas e conservadores americanos que o atacaram nas redes sociais.
Personagem infantil conhecido do seriado Vila Sésamo, o pássaro amarelo Garibaldo revelou que tomou vacina nos Estados Unidos e que agora se sente mais protegido contra a Covid-19.
Porém, a postagem do personagem, que na história tem seis anos, causou revolta de negacionistas e conservadores americanos que o atacaram nas redes sociais.
A publicação aconteceu no último final de semana depois de os Estados Unidos autorizaram na terça-feira (2) o uso da vacina da Pfizer em pessoas com idade entre 5 e 11 anos.
“Eu recebi a vacina contra a Covid-19 hoje! Minha asa está um pouco dolorida, mas ela vai deixar meu corpo protegido para me deixar, e deixar os outros, com saúde”, escreveu o personagem.
As críticas começaram pelo governador do Texas, Ted Cruz. Segundo ele, trata-se de uma “propaganda de governo para crianças”. O Texas já esteve no pico da pandemia do novo coronavírus e se recusava a fazer lockdown. Mais de quatro milhões de pessoas tiveram a doença na região.
Wendy Rogers, senadora pelo estado do Arizona, escreveu que Garibaldo seria comunista por incentivar a vacinação. Nos EUA, a adesão às vacinas segue estabilizada em menos de 60%. Até outubro, o país seguia na faixa de 100 mil infecções por dia e 1.700 óbitos diários.
O presidente Joe Biden, por outro lado, elogiou a postura do personagem.
No governo Obama, Garibaldo voltou à cena política e se uniu à campanha de nutrição e exercícios físicos promovida pela primeira-dama, Michelle Obama.
O personagem amarelo conhecido por gerações de crianças americanas era visto praticando corrida no Salão Leste da Casa Branca e conferindo uma tigela de frutas e legumes na cozinha presidencial em dois novos anúncios do governo.
“Nossa, eu aposto que você poderia conseguir qualquer coisa que quisesse nessa cozinha”, afirmava Garibaldo em um dos anúncios, antes de ressaltar que “aqueles parecem bons” quando a primeira-dama aponta para alguns legumes.