Daniela Mercury vai puxar seu trio elétrico no Rio pela primeira vez
Com 40 anos de carreira, Daniela Mercury já havia realizado quase todos os seus sonhos profissionais. Quase. Faltava puxar seu trio elétrico no Rio de Janeiro, o que vai se tornar no dia 21 de janeiro de 2024. “Estou já um pouco ansiosa”, conta ela. “Desfilei em escolas de samba cariocas e blocos e também participei de uma Parada da Diversidade, mas essa é primeira vez que venho com meu trio.”
A cantora baiana já tem uma ideia do repertório que usará para atrair a multidão para as ruas do centro da cidade. “Vou ficar no meu quadrado, que é o axé music, mas quero misturar com o funk, o pagode e o samba”, antecipa, toda empolgada. “E estou pensando em alguns nomes para cantar comigo. Vamos ver.”
“Tudo isso tem a ver com a nossa brasilidade, né? Quando eu comecei a minha trajetória, cantava muito Beth Carvalho. Posso resgatar… Quem sabe?”, deixa escapar a artista, que recentemente foi empossada como imortal da Academia Brasileira de Cultura (ABC). “É uma honra”, comenta sobre a distinção. “Acredito muito no poder da transformação da sociedade pela cultura, pela arte e pela educação.”
Daniela também falou sobre o beijo que deu em Ivete Sangalo e Luísa Sonza durante um show em homenagem aos 40 anos de carreira na Praça da Apoteose, no Rio, no final de outubro. O episódio acabou rendendo comentários de todo tipo nas redes sociais, parte dos quais ela classificou como “chatos” e “desagradáveis”.
“Sabia que as pessoas ainda se assustam quando chego de mãos dadas com a Malu [Verçosa, com quem Daniela mantém um relacionamento desde 2013]?”, desabafou. “Como pode, gente? Como pode um beijo entre mulheres ainda chamar tanta atenção? Pelo amor de Deus.”
A cantora comentou ainda que quer celebrar os 10 anos de união civil com Malu com uma festa no começo do ano que vem. Ela diz estar confiante em que o projeto que proíbe o casamento homoafetivo, aprovado pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, não vai adiante. “Não se pode retroceder nos nossos direitos”, afirma.