‘A gente fica triste de ver tantas pessoas deformadas’, diz dermatologista sobre Stênio Garcia

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de procedimentos estéticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS).


Por Folhapress Publicado 15/06/2023
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Reprodução: Espelho, Espelho meu

Sumido há algum tempo, Stênio Garcia, 91, virou assunto nas redes esta semana depois de aparecer com o rosto mais inchado, sobrancelhas pigmentadas e rugas preenchidas. “Sorte que passa o efeito”, criticou um seguidor. “Cilada, Bino”, escreveu outro. Na legenda, orgulhoso, o ator contou que era resultado de sua 1ª sessão de ‘harmonização facial’. Especialistas alertam para os exageros no tratamento.


“É quase uma missão de médicos conscientes trabalhar sem fazer exageros ou distorcer as pessoas. Se for preciso, o profissional deve até se negar a fazer aqueles procedimentos que vão deixar o paciente com o rosto estranho”, afirma a dermatologista Doris Hexsel, que vai apresentar uma das palestras plenárias justamente sobre o tema “Dermatologia Estética”, no Congresso Mundial de Dermatologia, que acontece de 3 e 8 de julho, em Singapura.


Não são poucas as celebridades que surgem na internet de tempos em tempos com o rosto deformado em decorrência de uma série de preenchimentos e outros procedimentos que, juntos, são chamados de ‘harmonização facial’. Stênio afirmou que se submeteu ao tratamento para tentar voltar ao mercado de trabalho e que não liga para críticas.


“A gente fica muito triste de ver tantas pessoas deformadas”, diz Hexsel, que vai lembrar em sua palestra no congresso o trabalho de nomes como Dr. Arnold Klein, pioneiro no uso e desenvolvimento de técnicas de preenchimento e que foi dermatologista de Michael Jackson e de Liz Taylor, entre outras celebridades.


“A naturalidade é sempre o melhor caminho. Pode até ser uma opinião pessoal, mas é de mau gosto os lábios super injetados e o rosto também”,
O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de procedimentos estéticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS).

O segmento cresce a cada ano. O mercado global de tratamentos estéticos não cirúrgicos foi avaliado em US$ 61,2 bilhões em 2022 e a expectativa é que este número suba a uma taxa anual de 15,4% até 2030, segundo dados da Grand View Research.