‘Vikings’ entra na reta final com novos personagens e cenários exóticos

A sexta temporada de "Vikings" será dividida em duas fases. Haverá um hiato depois da exibição dos dez primeiros episódios, e os dez seguintes só irão ao ar em meados de 2020.


Por Folhapress Publicado 05/12/2019
Ouvir: 00:00
Reprodução (Divulgação)

A Idade Média está chegando ao fim na televisão? Em maio passado, “Game of Thrones” (HBO), no ar desde 2011, terminou depois de oito temporadas. Nesta quinta (5), começa a sexta e última fase de “Vikings”, sua mais ilustre descendente. O canal Fox Premium 2 exibe em sequência, a partir das 23 horas, os dois primeiros episódios, dos 20 que ainda faltam à saga.

Consegui assistir antes a ambos, “Novos Começos” e “O Profeta”, e também ao terceiro, “Fantasmas, Deuses e Cães Correndo”. E tenho a satisfação de anunciar que, como já aconteceu com diversas outras séries, “Vikings” recuperou o fôlego ao entrar na reta final.

A quinta temporada acabou com Bjorn (Alexander Ludwig) derrotando seu irmão Ivar, o Desossado (Alex Høgh Andersen) e expulsando-o de Kattegat, no que é hoje a Noruega. A sexta abre com o ex-rei aleijado percorrendo o que seria, segundo um letreiro que aparece na tela, a lendária Rota da Seda: o caminho das caravanas que seguiam da China para a Europa, desde tempos imemoriais.

A Rota da Seda tinha várias ramificações, mas nenhuma das mais conhecidas chegava até a Escandinávia. Para aumentar a imprecisão histórica, Ivar e seu cortejo passam por um animado mercado, onde estão à venda itens como macacos e uma arara sul-americanos, algo impossível na Europa medieval. Mas o rigor nunca foi o forte de “Vikings”, apesar da série jamais ter se aventurado pela fantasia pura e simples.

Ivar logo é capturado pelos russos, os ancestrais dos modernos russos, e levado ao príncipe Oleg de Novgorod (o ator russo Danila Kozlovsky). A princípio, o nobre tem dúvidas a respeito da identidade de seu prisioneiro. Mas não demora para acreditar que a chegada de Ivar seja um bom presságio – afinal, o viking aleijado pode se tornar uma ferramenta muito útil para sua sonhada conquista da Escandinávia – e o leva para sua capital, Kiev, no que é hoje a Ucrânia.

Sem um pingo de escrúpulos, mas com um sorriso sedutor, Oleg é a melhor novidade desta sexta temporada. Um aliado perigoso para Ivar, que também sonha em se vingar do irmão. Suas maldades são terríveis (e, claro, divertidas para o espectador).

Enquanto isto, as coisas não estão assim tão interessantes em Kattegar. A mãe dos dois brigões, Lagertha (Katheryn Winnick, jovem demais para o papel), diz que se cansou de tudo e se recolhe a uma casa de campo, mas seu sossego não dura muito. Já para Bjorn o caldo só começa a engrossar no terceiro episódio, quando ele parte em socorro de um antigo inimigo e acaba caindo em uma armadilha.

A sexta temporada de “Vikings” será dividida em duas fases. Haverá um hiato depois da exibição dos dez primeiros episódios, e os dez seguintes só irão ao ar em meados de 2020. Vai ser um longo adeus para uma das séries mais marcantes da década, que parece ter reencontrado suas virtudes à medida em que aproxima sua hora de ascender ao Valhala.