Maiara e Maraisa afirmam que ‘The Voice Kids’ desperta a vontade de ser mãe

"Vamos pegar esses meninos como filhos", diz Maiara em bate-papo sobre o programa com a imprensa, do qual a reportagem participou.


Por Folhapress Publicado 02/05/2022
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Reprodução: TV Globo

Grande novidade da nova temporada do talent show The Voice Kids (Globo), a dupla Maiara e Maraisa já experimentou uma sensação comum entre quem participa do programa: a de aumentar a família. É que a convivência com os talentos mirins da atração acabou despertando o instinto maternal das irmãs.


“Vamos pegar esses meninos como filhos”, diz Maiara em bate-papo sobre o programa com a imprensa, do qual a reportagem participou. “A gente está treinando, imagina se a gente não vai querer um filho cantor.”


Maraisa vai mais longe e faz uma revelação. “Eu fiz esse comentário agora há pouco no camarim (risos): ‘É, está faltando uma criança lá em casa'”, admite. “Dá uma despertada [na vontade de ser mãe], sim.”


As irmãs estreiam nesta sétima temporada ao lado de dois técnicos veteranos, Carlinhos Brown (único que participou de todas as edições da competição) e Michel Teló (que se juntou no ano passado à versão infantil da competição de cantores). O programa será apresentado mais uma vez por Marcio Garcia.


“Eles ajudam a gente a administrar situações que para nós são novas”, diz Maraisa sobre os colegas. “Não é só dizer sim ou não, a gente está lidando com crianças. Quando eu vejo Michel e o Carlinhos conversando é como se fossem os filhos deles.”


Boninho, diretor de núcleo da Globo responsável pelo programa, contou que já estava de olho em Maiara e Maraisa havia bastante tempo. “A gente tentou muitas vezes”, revela. “Sabemos que elas trazem o que a gente gosta de levar, o carinho e o respeito por quem está cantando. Estou muito feliz que a gente está com esse time novo no programa.”


“E a vontade de ter filho dá e passa”, brinca. “O André [Marques, que apresentou a atração até 2020] não conseguiu até agora (risos).”


Para Maiara, poder orientar crianças a alcançarem seus objetivos no mundo da música nessas condições tem um gostinho especial. “Eu mesma já levei negativas em um programa”, lembra. “Eu quis fazer parte de um programa e não consegui nem chegar na TV.”


Por isso, ela confessa que “fica mal” quando nenhuma das cadeiras vira para algum dos concorrentes. Ela diz que, mesmo nessa situação, estão tentando fazer com que as crianças fiquem felizes com a experiência.


“O que a gente puder passar de amor, carinho e acolhimento vamos fazer”, diz. “Não só aqui no programa, as crianças que não passarem a gente vai receber no nosso show.”


Maraisa conta que a participação no programa as tem feito ver a vida de modo diferente. “Isso aqui está nos energizando”, afirma. “O sonho que a gente vive hoje é o sonho que essas crianças estão sonhando agora. Quando você volta para o trabalho, tudo ganha um sentido novo.”


“Isso aqui está sendo uma diversão pra gente”, concorda Maiara. “A nossa agenda é corrida, graças a Deus, mas aqui estamos lavando a alma. Cada vez que eu vejo uma criança realizando o sonho de cantar no The Voice Kids, eu saio reconectada, com vontade de realizar os meus sonhos também.”


ESTRATÉGIA
Para fazer bonito em sua primeira temporada no programa, as irmãs fizeram o dever de casa. “Eu assisti alguns The Voice para tentar criar uma estratégia”, revela Maiara. “Mas, quando se fala de criança, o coração se abre e não existe estratégia. Fui estudar os veteranos aqui [do programa], mas até eles chegam aqui e aprendem na hora, cada criança traz um aprendizado diferente.”


Michel Teló, que foi técnico do campeão da temporada passada, confirma a percepção da colega. “Não existe estratégia”, garante. “A gente vem com o coração aberto, pronto para acolher todo tipo de estilo, todo tipo de criança. A gente vem com energia positiva para acolher o som da galera com o maior amor.


Não tem como planejar.”


Ele conta que essa é ainda mais forte no The Voice Kids que na versão adulta do programa, na qual já levou seis de seus escolhidos à vitória. “Realmente é diferente, o Kids tem a pureza da criança, de um sonho que está começando, é tudo muito fresco, muito novo”, avalia. “Eu enlouqueço, a gente se vê muito nessas crianças, a história delas combina muito com a nossa história.”


Carlinhos Brown, único técnico que já passou pelas versões infantil, adulto e sênior da competição, diz que, independente da idade, o programa presta um serviço ao dar espaço para os novos talentos. “O que nós fazemos aqui no Kids, no adulto ou no The Voice Mais, é uma única coisa: prestamos atenção ao outro através da canção, da melodia, e isso acaba comunicando com o público, algo que é mágico para a vida dos participantes.”