Logo ‘Pantanal’ terá mais sexo, promete Walter Carvalho, diretor da novela
Há ainda desafios de ordem técnica. Como a novela tem muitas cenas externas, a luz muda com frequência, motivo pelo qual a produção optou por usar muitos planos-sequência.
Gravar uma novela no meio do Pantanal parece ser um prato cheio para alguém que, como Walter Carvalho, que assina a direção de fotografia da atual novela das nove na Globo, é fascinado por desafios. A equipe de “Pantanal” precisa lidar com questões que vão desde os riscos da picada de cobras ao calor inclemente que é característico do bioma.
Há ainda desafios de ordem técnica. Como a novela tem muitas cenas externas, a luz muda com frequência, motivo pelo qual a produção optou por usar muitos planos-sequência.
Segundo Carvalho -responsável pela fotografia de filmes como “Central do Brasil” e “Lavoura Arcaica” e que abriu uma exposição no Rio de Janeiro na quinta-feira (12)-, em vez de cortar a cena, a equipe ensaia com os atores para fazer um plano de uma vez só, de modo a evitar variações bruscas na luz.
Outro desafio é a presença de animais em cena, como a célebre onça que aparece na tela quando Juma se transforma no felino. Em razão dos cuidados em torno do animal, as gravações podem durar mais do que o normal. “Uma cena que poderia ser feita em meia hora acaba levando três horas”, diz ele.
Esses entraves, no entanto, viram matéria-prima na mão de Carvalho e da equipe da novela. “Tudo isso você tem que transformar a seu favor e virar para dentro do que está querendo dizer. Se o personagem aparece em cena tangendo o boi, mas não tem suor, isso está falso. Tem que ter suor, tem que ter sujeira.”
Algo que os telespectadores têm notado é que o remake de “Pantanal” está bem mais casto do que a versão original, exibida pela TV Manchete em 1990. A novela de fato está mais comportada?
“Olha, eu mesmo já dirigi em ‘Pantanal’ algumas cenas de nudez e de sexo. Por enquanto, não tem ainda, mas daqui a pouco vai ter mais. O que está no ar é o drama da família do Jove não compreender a Juma. Essa é a problemática. Daqui a pouco haverá outras coisas que terão suas seduções”, diz Carvalho, que não considera que cenas de nudez em horário nobre causariam espanto. “Se naquela época não chocou, hoje também não chocaria.”