Agora no É de Casa, Thiago Oliveira quer abrir portas para pretos na TV


Por Folhapress Publicado 11/07/2022
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Reprodução: TV Globo

Depois de passar pelo esporte da Globo e do SporTV e encabeçar um bloco dedicado a São Paulo no Esporte Espetacular, agora chegou a vez de o apresentador Thiago Oliveira, 37, realizar o seu grande sonho: tornar-se um comunicador popular do entretenimento.


Com mudanças na parte da manhã da emissora, ele estreia neste sábado (9) no comando do É de Casa, junto com Talitha Morete, Rita Batista e Maria Beltrão. “Meu objetivo é fazer o povo sonhar e abrir portas para tantos outros pretos na TV”, diz. Confira abaixo a entrevista do ator.

PERGUNTA – Que tipo de marca você quer acrescentar ao É de Casa?
THIAGO OLIVEIRA – É preciso ser plural e falar com todos os públicos para que tenham a mesma compreensão. E, claro, quero levar a marca da leveza na informação e dar um sorriso para a família brasileira. Que mesmo que passem por alguma necessidade consigam receber essa alegria.

Você sempre teve certeza de que poderia ir cada vez mais longe na carreira?
T.O. – Sim. Quantos grandes programas no esporte nós temos? Sempre almejei estar nos melhores. Então é natural que grite dentro de mim que esteja na hora de abrir o leque. Não tem como não se sentir honrado em entrar todos os sábados ao vivo no É de Casa. Fui escolhido. Vi profissionais criando e fazendo o nome no entretenimento, e agora chegou a minha vez.

Como foi seu último trabalho no Fantástico?
T.O. – Foi um convite do pessoal para fazer algo com começo e fim. Foi um baita projeto o reality show O Som da Minha Vida, falar de música. Depois disso, não voltei ao esporte como programado, pois no meio do caminho surgiu o É de Casa. Aí tirei todas as férias que precisava.

Recentemente houve uma acusação de racismo no É de Casa. Como vê sua chegada depois disso?
T.O. – Minha chegada à atração é uma importante representatividade e grande responsabilidade. Carrego comigo milhões de pretos e pretas desde 2007, quando entrei no ar pela Gazeta e não via nenhum preto ao meu redor. Hoje vemos mais diversidade e representar os meus é gratificante. Meu objetivo é fazer esse povo sonhar e abrir portas para tantos outros pretos na TV junto com a Rita Batista.

Agora metade da equipe de apresentadores do É de Casa é negra…
T.O. – Creio que podemos gerar esperanças para tantas pessoas e não há presente melhor. Vou fazer isso pelos meus ancestrais e tantos outros que sonham em ser apresentadores. E os que não sonhavam agora poderão sonhar. Entro no ar sabendo absolutamente tudo e alerta para que sempre possa de certa maneira passar recados e explicar, ensinar e mostrar a importância de todos nós sermos antirracistas.

Essas danças das cadeiras mais assustam ou motivam profissionais da Globo?
T.O. – Acho que motivam. É como uma certeza de que eu também posso, gera esperanças. Quando tem dança das cadeiras a gente vê o lado positivo, é importante ter mudanças, os ciclos começam e terminam. Quantas vezes fiquei na expectativa de fazer parte dessa dança das cadeiras e não rolou. Quanto a bater medo, se tivermos segurança do que fazemos isso se converte em trabalho.