Doria pede novo estudo sobre liberação de máscaras depois de chegada da ômicron a São Paulo
A chegada da nova variante do coronavírus, a ômicron, no estado, no entanto, mudou o cenário.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pediu ao Comitê Científico do governo do estado uma nova avaliação sobre a necessidade do uso de máscaras em ambientes abertos.
Na semana passada, o tucano anunciou que elas não seriam mais obrigatórias a partir do dia 11 de dezembro, caso os índices de casos, internações e mortes por Covid-19 seguissem baixando em SP.
A chegada da nova variante do coronavírus, a ômicron, no estado, no entanto, mudou o cenário. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), ela pode ser mais contagiosa e é necessário saber se pode ser contida pelas vacinas hoje aplicadas na população.
Nesta terça (30), dois novos casos suspeitos de infecção pela nova linhagem do vírus foram identificados em São Paulo, depois de testes feitos no laboratório Albert Einstein. Uma nova análise confirmatória será feita pelo Instituto Adolfo Lutz.
O parecer do grupo de médicos que aconselha o governador deve ficar pronto na próxima semana.
“O nosso parâmetro sempre foi o cenário epidemiológico em São Paulo. E, por isso, precisamos saber o impacto da nova variante com a flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos. É necessário ter cautela e avaliar esse novo elemento. O nosso compromisso é com a saúde da população”, disse Doria, por meio de sua assessoria.
A flexibilização do uso de máscaras anunciada na semana passada valeria apenas para espaços abertos. O uso do equipamento de proteção seguiria obrigatório em ambientes fechados e no transporte público.
O estado de São Paulo tem hoje 75,6% da população com esquema vacinal completo, ou seja, com duas doses do imunizante do Butantan/Coronavac, da Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e Pfizer/BioNTech, além da dose única da Janssen. Se considerada apenas a população adulta, SP tem hoje cerca de 93,5% das pessoas vacinadas.