‘Harry Potter: Wizards Unite’ vira febre no Brasil com realidade aumentada avançada
O game coloca o jogador como um recruta do Estatuto de Sigilo em Magia, em uma realidade em que o mundo bruxo está prestes a ser exposto ao mundo dos trouxas.
O último livro da saga do bruxo Harry Potter foi lançado em 2007, e o último filme, em 2011. Mesmo assim, os fãs continuam envolvidos no universo criado pela escritora J.K. Rowling. Pensando nessa legião de fãs, a Niantic lançou, no final do mês passado, um jogo temático para celular, “Harry Potter: Wizards Unite”.
O game coloca o jogador como um recruta do Estatuto de Sigilo em Magia, em uma realidade em que o mundo bruxo está prestes a ser exposto ao mundo dos trouxas. O objetivo é que o usuário caminhe pelo mapa do jogo, que se mistura ao mundo real– enquanto batalha contra criaturas e usa feitiços.
“Queríamos que as pessoas tivessem uma experiência que permitissem sair e se divertir, ao mesmo tempo em que se exercitam. Em termos de tecnologia, queríamos que a realidade virtual do jogo fosse vista como uma marca da Niantic, porque ninguém usa realidade aumentada tanto quanto nós. E, neste jogo, usamos a nossa própria realidade aumentada”, diz Omar Telléz, vice-presidente de desenvolvimento da Niantic, em entrevista à reportagem.
A empresa é a mesma que criou “Pokémon Go” e desenvolve o “Pokémon Sleep”. A companhia de Rowling esteve presente no desenvolvimento do projeto do game, que levou cerca de um ano e meio para ficar pronto. Com menos de duas semanas desde o lançamento, o jogo já aparece entre os com maior número de downloads, e pode ser baixado gratuitamente na Play Store (Android) e na App Store (iOS).
“Acho que é muito cedo para dizer se passará ‘Pokemon Go’ em downloads, mas os números realmente mostram um bom resultado. Ser um dos jogos mais baixados nos últimos dias é muito bom”, diz Telléz.
Telléz também afirma que, dentre os 25 países onde o jogo é disponibilizado, o Brasil está entre os cinco principais mercados para a Niantic. “Brasil é um dos nossos maiores e mais importantes mercados. Nós somos o aplicativo número um no país, e isso representa a força que temos aqui.”
Aramis Pelissari, que toma a frente do escritório da Niantic em São Paulo, revela que há cerca de 2 milhões de jogadores da Niantic ativos no Brasil, movidos pelos pilares da empresa: a atividade física, a exploração e a interação com o mundo real. “Diferentemente das experiências de jogos que focam só no mundo virtual, queremos que as pessoas se encontrem, saiam na rua e explorem. Você verá isso em todos os nossos jogos e parcerias.”
Em “Harry Potter: Wizards Unite”, a tecnologia promove uma ambientação muito diferente para o jogador, mais avançada que a de “Pokemon Go”, diz Pelissari. “Imaginamos que nossa tecnologia está muito à frente que a tecnologia do mercado. Somos referência no meio de realidade aumentada. E queremos que os aparelhos celulares se desenvolvam para que a gente possa aplicar o nosso máximo de tecnologia.”
Para os fãs, Telléz dá uma boa notícia: “Colocaremos novas características e funcionalidades no jogo. Estamos muito animados com as opções que os jogadores ainda não viram, e tem mais a caminho.”