Disney e Warner pedem que mochilas à prova de balas com personagens saiam de circulação
Os ataques recentes fizeram as vendas crescerem entre 300% e 500% nas últimas semanas, segundo reportagem do site The Wrap. Cada peça custa US$ 129 (R$ 511).
Mochilas infantis à prova de balas com os “Vingadores”, princesas e outros personagens se tornaram sucesso de venda nos Estados Unidos, após os recentes ataques que ocorreram no país. Isso chamou a atenção da Disney e da Warner Bros, que não havia autorizado o uso dessas imagens.
Em apenas 13 horas, ocorreram dois massacres nos Estados Unidos no início deste mês. Enquanto moradores de El Paso, no Texas, faziam vigílias em homenagem aos 20 mortos do ataque a tiros ocorrido no dia 3, em um Walmart, uma nova chacina ocorria em Dayton, no estado de Ohio.
Apesar das mochilas terem sido lançadas há pouco tempo e sem esforço de divulgação, os ataques recentes fizeram as vendas crescerem entre 300% e 500% nas últimas semanas, segundo reportagem do site The Wrap. Cada peça custa US$ 129 (R$ 511).
“Esses não são produtos oficiais da linha ‘Harry Potter’, nunca foram endossados ou licenciados direta ou indiretamente”, afirmou um porta-voz da Warner ao site americano.
A Disney também se pronunciou. “Nenhum desses produtos foi autorizado pela Disney, e estamos pedindo à empresa que pare de usar nossos personagens ou qualquer outra marca que seja de nossa propriedade intelectual”, afirmou o porta-voz.
O próprio site da empresa TuffyPack avisa que “esses produtos não estão associados ao proprietário original dos direitos autorais”.
A fabricação deste tipo de mochila, no entanto, não é novidade no país. Segundo o New York Times, outra empresa chamada ArmorMe já vendia produto semelhante meses antes, mas que prometia cobrir uma área maior do corpo.
Já a marca Guard Dog Security passou a produzir o mesmo tipo de produto após os ataques na escola Sandy Hook, que ocorreu em 2012.
A demanda pelas mochilas à prova de bala da TuffyPack começou a crescer após o tiroteio em uma escola em Parkland, na Florida, em fevereiro deste ano.