Campanha de vacinação contra o sarampo para crianças e adolescentes termina em 13 de março

Segundo dados do Ministério da Saúde, de 1º de janeiro a 8 de fevereiro deste ano, foram registrados 338 casos de sarampo, quase 13 vezes o número registrado no mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 27 casos.


Por Folhapress Publicado 05/03/2020
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Reprodução (Divulgação)

 A campanha nacional de vacinação contra sarampo para crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos termina em 13 de março. Na cidade de São Paulo, o público-alvo para a vacinação vai até 29 anos.

Pessoas de 1 a 29 anos devem ter duas doses comprovadas da imunização, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, pode ser aplicada gratuitamente nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) mediante apresentação da carteirinha de vacinação ou documento de identidade.

De 10 de fevereiro a 2 de março, foram vacinadas 28.783 pessoas de até 19 anos. A meta do governo é chegar a 3 milhões de vacinados.

Segundo dados do Ministério da Saúde, de 1º de janeiro a 8 de fevereiro deste ano, foram registrados 338 casos de sarampo, quase 13 vezes o número registrado no mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 27 casos.

Três crianças morreram neste ano em decorrência da doença no país (no Pará, no Rio de Janeiro e em São Paulo). A região Sudeste concentra 67,7% dos casos confirmados em 2020.

Em 2018, o Ministério da Saúde confirmou 10.346 casos de sarampo, com 12 mortes. Já em 2019, foram 18.203 casos e 15 óbitos.

O Ministério da Saúde dividiu a campanha de vacinação em cinco etapas. A previsão é que em 2020 sejam feitas mais duas fases, para contemplar as faixas etárias de 30 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As datas dessas etapas ainda serão informadas.

O calendário nacional de vacinação recomenda a aplicação de uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses e de uma segunda aos 15 meses, com a tetraviral ou a tríplice associada à vacina contra varicela. Bebês a partir de seis meses devem receber a chamada “dose zero”.

A volta da circulação do vírus do sarampo fez com que o Brasil perdesse o certificado internacional de eliminação da doença, que havia sido concedido pela Opas (Organização Panamericana de Saúde) em 2016.

Nesta semana, o jornal Folha de S.Paulo mostrou que um surto de sarampo atingiu pelo menos 76 cadetes da AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga (a 211 km de São Paulo), em um intervalo inferior a um mês.
Outros 25 pacientes aguardam os resultados dos exames, que, se confirmados, farão com que o total de contaminados chegue a 101.

O total de casos já confirmados representa 11% dos 692 cadetes que atualmente estão na academia, cujo curso tem duração de quatro anos. Se os 25 em análise forem confirmados, o índice chegará a 14,5%. Os casos começaram a ser registrados em 31 de janeiro.

Em caso de qualquer sintoma, como manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza ou conjuntivite, a recomendação é procurar imediatamente um serviço de saúde.