Filme de Danilo Gentili chamado de pedófilo faturou R$ 6,8 milhões em bilheteria
Os dados são do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual, portal da Ancine –a Agência Nacional do Cinema, que fica sob a alçada do próprio secretário– que reúne informações da indústria.
“Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, filme que protagoniza uma polêmica entre o apresentador Danilo Gentili e o secretário especial da Cultura, Mario Frias, faturou R$ 6,8 milhões nas bilheterias brasileiras quando foi lançado, em 2017.
Os dados são do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual, portal da Ancine –a Agência Nacional do Cinema, que fica sob a alçada do próprio secretário– que reúne informações da indústria. De acordo com o levantamento para aquele ano, “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” abriu em 358 salas e levou 506.412 espectadores aos cinemas.
Os números de público –métrica utilizada pela indústria brasileira para medir o sucesso de um filme, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, onde a arrecadação define as listas– o posicionam como o nono maior lançamento nacional daquele ano.
O longa vem atrás de “Eu Fico Loko”, “Um Tio Quase Perfeito”, “Meus 15 Anos”, “Fala Sério, Mãe!”, “D.P.A. – Detetives do Prédio Azul”, “Polícia Federal – A Lei É para Todos”, “Os Parças” e “Minha Mãe É uma Peça 2”, o campeão, com 5.213.465 de espectadores e R$ 73,7 milhões arrecadados.
Com a atenção que o filme gerou às vésperas do lançamento e a projeção de seu idealizador, o resultado foi considerado pelo mercado, à época, um tanto frustrante.
Agora o filme ganhou sobrevida nas plataformas de streaming, o que gerou um imbróglio sobre sua classificação indicativa, até então definida para o público a partir dos 14 anos. Nesta quarta (16), o Ministério da Justiça alterou a classificação para 18 anos. A nova sugestão deve ser cumprida em até cinco dias corridos.
“Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” foi acusado de pedófilo por Mario Frias e outros expoentes bolsonaristas poucas semanas depois de chegar ao sob demanda. Na terça (15), o Ministério da Justiça tentou censurar a obra, com uma publicação no Diário Oficial que determinava que os serviços de streaming suspendessem a exibição. A medida era inconstitucional, de acordo com advogados.