Em novo DVD, Léo Santana quer levar ao mundo o som do subúrbio de Salvador
Haverá um pouco de funk, pagode, axé, samba, sertanejo, pop, hip hop e rap. Mas seu pagodão não deve sair de cena e aparecer misturado a tudo isso.
Léo Santana, 31, subirá no palco nesta quinta-feira (15), em São Paulo, para gravar seu segundo DVD com uma proposta bastante eclética. Segundo ele, haverá um pouco de funk, pagode, axé, samba, sertanejo, pop, hip hop e rap. Mas seu pagodão não deve sair de cena e aparecer misturado a tudo isso.
Baiano, o cantor, que trabalhou como barbeiro antes da vida artística, afirma que foi justamente o ritmo do subúrbio de Salvador que o tornou conhecido, e agora ele quer levar a batida para o mundo. “É tipo o funk que hoje o mundo inteiro conhece, eu quero que todo o mundo conheça o meu pagode também”, afirma.
“Eu venho quebrando barreiras aos poucos, acreditando que isso é possível”, continua ele. “Mas pra isso também tenho que ser ousado, não me prender apenas ao que a periferia consome, mas ao que o mercado consome. Então eu tenho essa liberdade de não me prender ao que a minha galera, do pagodão de Salvador, quer ouvir”.
Após sucessos como “Encaixa” (2018) e “Santinha” (2016), o novo DVD, que receberá o nome “Levada do Gigante”, terá 18 canções inéditas, incluindo parcerias com Anitta, 26, Lauana Prado, 30, Atitude 67 e com o porto riquenho Jhay Cortez. Mariana Fagundes, 27, que chegou a ser anunciada não vai participar por problemas de agenda.
Léo conta que foram quase três meses de preparação para o novo trabalho, o que levou, inclusive, ao cancelamento de uma turnê pelos Estados Unidos.
Música não faltava, já que ele vinha selecionando o repertório antes mesmo da confirmação do DVD, mas diz que acabou participando de todas as decisões.
“Costumo dizer que taurino tem essa característica de ser ansioso, e quando fala em trabalho de um taurino, minha ansiedade vai pros ares. Sou muito agoniado. Fico o tempo todo ‘será que o povo vai gostar?’. Eu sou inseguro. Mas foram meses pra esse DVD e antes dele foram anos e anos de trabalho”, afirma o cantor.
A preparação para o novo trabalho incluiu ainda mudanças alimentares, que garantiram a Léo a perda de alguns quilinhos, e exercício físicos, principalmente, por conta de um rompimento de ligamento ocorrido já seis meses e que ainda o incomoda. “Mas tenho uma boa dinâmica pra lidar e pra que vocês não percebam”, brinca.
SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO
A gravação do novo DVD na capital paulista é um grande passo para as ambições de Léo de levar seu pagodão ao mundo. Segundo ele, que afirma já ter alcançado muito mais do que sonhava lá no subúrbio de Salvador, as duas cidades que mais sonhava fazer sucesso eram justamente São Paulo e Rio de Janeiro.
“Duas cidades que eu lutei e continuo lutando pra ser um artista de renome. E, graças a Deus, isso aos poucos tem acontecido. Ainda não é um terço do que eu quero, sendo bem sincero, porque eu sei bem onde quero chegar, sei o meu potencial e o potencial da minha equipe”, afirma ele.
Segundo Léo, ele conseguiu criar uma história com a capital paulista, com shows pequenos realizados em casas noturnas variadas, e que deixa ainda melhor a sensação de gravar um DVD no Credicard Hall, com os ingressos quase esgotados. “Eram shows com 500, 800 pessoas, que vocês nem chegaram a saber”, recorda ele a jornalistas.
“É preciso ter essas arriscadas para quando chegar, chegar com uma história. Não cheguei do nada e isso me deixa mais seguro. São coisas que me deram maturidade. Quando eu falo em ganhar o mundo engloba tudo isso”.
CARREIRA INTERNACIONAL
Apesar de falar em “ganhar o mundo”, no entanto, os planos de Léo são bem mais modestos, ou pé no chão. O baiano, que cresceu na região de Boa Vista do Lobato, não pensa em uma carreira internacional no momento. Segundo ele, há muitos lugares no Brasil que, apesar de conhecerem sua música, ainda não o conhecem.
Mas a preparação já começou, com as aulas de inglês e espanhol. Por enquanto, ele pensa em “dar alguns passinho”, gravar com alguns cantores pela América Latina, como Jhay Cortez, que estará nesse novo trabalho, e até mesmo Anitta, que, como ele mesmo afirma, já alcançou um patamar fora do Brasil.
A decisão de Léo de expandir a carreira acontece após gravar a música tema da Copa América deste ano ao lado da colombiana Karol G. Segundo ele, “Vibra Continente” fez sucesso, principalmente, em Chile, Colômbia, México e Argentina, e já lhe garantiu uma porção de novos seguidores nas redes sociais.