Documentário sobre Maria Bethânia chega aos cinemas nesta quinta

Ao longo de 100 minutos, Bethânia fala sobre si em um depoimento inédito e exclusivo gravado no teatro do Hotel Copacabana Palace (RJ), abordando assuntos importantes de sua trajetória como a paixão pelo palco, a força de sua presença em cena, fé e religiosidade, a ligação de amor com a mãe, Dona Canô, com o pai, Seu Zezinho, e o irmão Caetano Veloso.


Por Folhapress Publicado 31/08/2022
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Reprodução: Divulgação

Estreia nos cinemas, nesta quinta-feira (1º), o filme “Maria-Ninguém Sabe Quem Sou Eu”, do diretor e roteirista Carlos Jardim, sobre a trajetória da cantora Maria Bethânia.


Ao longo de 100 minutos, Bethânia fala sobre si em um depoimento inédito e exclusivo gravado no teatro do Hotel Copacabana Palace (RJ), abordando assuntos importantes de sua trajetória como a paixão pelo palco, a força de sua presença em cena, fé e religiosidade, a ligação de amor com a mãe, Dona Canô, com o pai, Seu Zezinho, e o irmão Caetano Veloso.


Entre as falas da artista há imagens raras, garimpadas nos arquivos da TV Globo e da TV Bahia como ensaios do show que Bethânia e Chico Buarque fizeram em 1975, e do espetáculo que a cantora e o irmão Caetano Veloso realizaram em 1978. Entre as cenas de ensaios e shows da artista, figuram grandes sucessos de sua carreira como “Olhos nos Olhos”, de Chico Buarque, “É o Amor”, de Zezé di Camargo, “Gita”, de Raul Seixas”, “Amor de Índio”, de Beto Guedes, e “Álibi”, de Djavan.


O documentário conta ainda com a participação especial da atriz Fernanda Montenegro, que narra cinco textos marcantes sobre Bethânia, ilustrados com imagens registradas por fãs-fotógrafos da cantora, garimpadas pelo diretor do filme nas redes sociais dos fã-clubes de Bethânia. São textos escritos por Ferreira Gullar, Nelson Motta, Fauzi Arap, Caio Fernando Abreu e Reynaldo Jardim, este último autor do livro ” Maria Bethânia Guerreira Guerrilha” (1968).


A cantora revela no filme que, por conta do livro e de ter feito o espetáculo “Opinião”, foi presa de madrugada em casa durante a ditadura militar e levada para o Dops (Departamento de Ordem Pública e Social), aparelho repressivo do estado usado como polícia política dos militares.


São 57 anos de carreira, 76 de idade, muitos filmes, inúmeros discos, shows, e uma quantidade incalculável de entrevistas. Mesmo assim, a impressão é de que se conhece muito pouco Maria Bethânia.


“Maria-Ninguém Sabe Quem Sou Eu” é uma excelente oportunidade para conhecer mais sobre a cantora, referência essencial da música popular brasileira.