Karina Bacchi recorda choro com cena sensual e bastidores de drogas e orgia
A artista diz que, em certo momento, ela começou a julgar as personagens que fazia, se preocupando com a mensagem que elas passavam.
A apresentadora Karina Bacchi, 45, fez um desabafo sobre a época em que trabalhava como atriz durante entrevista ao YahPodCast, comandado pelo pastor Lamartine Posella, e disse que chegou a chorar por causa de cenas sensuais feitas na época.
Bacchi, que não trabalha como atriz desde “Louca Família” (Record), conta que começou a atuar quando tinha “20 e poucos anos” e encontrou um ambiente ruim, principalmente quando foi para a Globo, de drogas e orgias nas festas com diretores e elencos das produções.
“Tudo aquilo me angustiava muito, porque eu não me encaixava, me sentia um peixe fora d’água. Nas festas, se você ia ao banheiro e abria uma porta errada, se deparava com uma mesa com droga, cocaína, uma [pessoa] com outro, com três, com quatro.”
A artista diz que, em certo momento, ela começou a julgar as personagens que fazia, se preocupando com a mensagem que elas passavam. “[Eu pensava], isso está saindo da minha boca, mas eu não falaria isso. Porque vou falar em um personagem?”.
“Na minha última personagem, eu falei que não queria fazer nenhum papel com cena sexual, que mostrasse o corpo ou tivesse alguma cena em que eu desse um mau exemplo. Mas quando ela começou a desabrochar começou um monte de cena.”
“Existe essa exploração do corpo da mulher, do homem, da sensualidade nas novelas, que mexe com o instinto do ser humano. Quando me vi sendo um objeto, usada dessa forma, não quis mais atuar. Eu chorava, estava indo contra o que eu acredito”, disse.
Karina Bacchi estreou na TV no ano 2000, na novela “Vidas Cruzadas” (Record), mas depois passou também por produções no SBT, como “Marisol” (2002), e da Globo, como “Da Cor do Pecado” (2004). Mais recentemente, ela atuou como apresentadora.