Geraldo Luís faz repórter chorar e pede que ela abrace sobreviventes de tragédia

A jornalista reportava o desabamento do teto de uma fábrica na região e estava frente a frente com duas pessoas que escaparam ilesas do incidente.


Por Folhapress Publicado 23/02/2022
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 No Balanço Geral (Record) da manhã desta quarta-feira (23), o apresentador Geraldo Luís fez uma repórter chorar ao vivo no momento em que ela entrevistava alguns sobreviventes de um deslizamento ocorrido em Petrópolis (RJ). Em determinado momento, ela largou o microfone e os abraçou.


A jornalista reportava o desabamento do teto de uma fábrica na região e estava frente a frente com duas pessoas que escaparam ilesas do incidente. Do estúdio, Geraldo começou a falar que aquilo era um milagre. Suas palavras foram emocionando a repórter.


“Deus existe. Imagine você dentro desta fábrica caindo e duas dessas pessoas sobreviverem. Isso aí é um renascimento. Nós estamos vendo Deus, a bondade divina de como Deus é misericordioso. Eu estou profundamente tocado”, disse ele.


Depois, o âncora começou a elogiar o trabalho dos repórteres que têm feito a cobertura da maior tragédia da história da cidade e citou Anabel. “E esses repórteres brilhantes como você, Anabel. Eu sou pequeno, o apresentador nessa hora não é nada. Vocês em campo mostrando a esperança no meio disso.”


Foi então que Geraldo resolveu pedir à profissional que desse um abraço coletivo nos sobreviventes.

“Eu não tenho vergonha de ser humano e eu sei que você vai fazer isso porque você é assim. Eu não pediria isso a outra repórter, pois tem repórter que é pedra e só fica preocupado com maquiagem. Eu quero que você deixe o seu microfone agora e os abrace de verdade”, pediu. Anabel conversou rapidamente com suas fontes e em seguida atendeu ao pedido (assista ao vídeo abaixo).


Na volta ao estúdio, Geraldo Luís reuniu sua equipe dos bastidores do matutino da Record e também demonstrou carinho pela equipe que com ele trabalha.


À medida que corpos vão sendo identificados em Petrópolis, no Rio de Janeiro, a lista de desaparecidos vai diminuindo. Eram 186 mortos e 85 pessoas sumidas durante a chuva reportadas à Polícia Civil até esta terça-feira (22), quando a tragédia completa uma semana.


Nas ruas, moradores seguem limpando casas, prédios históricos e comércios, que já começam a reabrir.

Sirenes de viaturas e ambulâncias ecoam de um lado para o outro, e motociclistas e famílias circulam sem parar com doações entre pontos de apoio e igrejas.


As salas de velórios estão cheias, e os enterros estão sendo feitos em sequência no cemitério municipal . A prefeitura abriu novas covas rasas (menos profundas e mais baratas) e descartou um grande enterro coletivo “para respeitar a programação das famílias”.


Chuvas continuaram atingindo a cidade na última semana, principalmente à tarde e à noite, fazendo as sirenes nas áreas de risco serem acionadas diversas vezes, incluindo na tarde desta terça. A previsão é de pancadas moderadas a fortes.